Senado discute paralisação de obras de logística
Uma audiência pública promovida pela Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada nesta quinta-feira, 3, debateu medidas que possam ser adotadas em para evitar que obras de logística sofram paralisação. A proposta de uma agenda comum foi proposta pelo senador Wellington Fagundes, líder da bancada do PR no Senado. “Todos perdem, o Brasil perde porque cai a competitividade, o trabalhador perde, a sociedade de forma geral também perde” – disse.
O contingenciamento de quase 40% no orçamento do Ministério dos Transportes tem acarretado atrasos em obras de infraestrutura consideradas estratégicas. Uma delas é a duplicação da BR-163, entre Rondonópolis, no Sul de Mato Grosso, até o Posto Gil, no Médio Norte, numa extensão de 400 quilômetros. Dos três trechos em obras, um está praticamente paralisado.
De acordo com o senador, os investimentos públicos em infraestrutura de transportes devem ser vistos como essenciais para a transformação da dinâmica produtiva do País. “Nós estamos procurando exatamente, com essa audiência e com todas as outras que já foram feitas, uma aproximação principalmente do Poder Executivo com o Poder Legislativo, no sentido de o que a gente possa estar fazendo aqui para resolver o problema do Brasil ou ajudar o desenvolvimento do Brasil” – disse, ao destacar a importância da audiência pública.
A crise econômica e as restrições orçamentárias foram confirmadas pela secretária-executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa de Souza. Segundo ela, “foi um ano duro para os transportes”. O contingenciamento de verbas federais também comprometeu a expansão da malha rodoviária. Mas, segundo Natália, parte do problema foi atenuada por investimentos privados. De acordo com o Ministério dos transportes, 269 quilômetros de rodovias foram duplicadas por empresas concessionárias.
“Além da execução de 9 bilhões em 2015, tem também, via concessões, cerca de 5 bilhões. Então, tem uma certa compensação” – afirmou.
A exemplo do que acontece nas rodovias, por falta de repasses federais, a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pelo empreendimento, também atrasou o pagamento a empresas, que, por sua vez, demitiram empregados e paralisaram obras que deveriam ser entregues em dezembro deste ano e só serão concluídas em fevereiro de 2017.
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