Minas é o 6º no ranking de vantagens para investidores

04/01/2016 10:36

Altos impostos e infraestrutura logística defasada minam o potencial econômico de Minas Gerais, afastando empresas e derrubando a competitividade do Estado. Apesar de ter o segundo maior parque automotivo do país, Minas não recebeu nenhuma nova montadora nos últimos anos, quando pelo menos dez construíram novas fábricas no Brasil. Outros dois pilares da economia mineira – a siderurgia e a mineração – aos poucos perdem protagonismo no cenário nacional.

Na fabricação de aço, historicamente Minas Gerais ocupa o topo do ranking dos maiores produtores com moderada folga. No entanto, nos últimos três anos o Rio de Janeiro passou a ameaçar a liderança do Estado, dada a falta de novos aportes em usinas em território mineiro.

Na mineração, Minas Gerais permanece como maior produtor, mas observa uma migração acelerada dos investimentos para o Pará, onde se considera estar o suprassumo do setor, com minérios de mais elevado teor de ferro.

Professor da faculdade Ibmec, Reginaldo Nogueira aponta impostos elevados, infraestrutura deficiente e o baixo nível educacional como inibidores do desenvolvimento da economia estadual.

“A saída é avançar em ações profundas de cortes de alíquotas de ICMS, intensificar pacotes de Parcerias Público-Privadas (PPP) e concessões, e reduzir as diferenças do nível educacional entre as regiões do Estado”, afirma.

Dada a grande dimensão de Minas Gerais, atacar o déficit de infraestrutura, explica Nogueira, é fundamental para dar competitividade à economia, reduzindo custos logísticos. “É um plano de longo prazo, mas que de imediato já tem impactos significativos no emprego e renda gerado pelas obras”.

Ao menos na parte dos impostos, Minas deu passo na contramão. Desde o último dia 1º, uma lista de 180 produtos tiveram aumento de ICMS, além das alíquotas cobradas pela energia paga pelo comércio.

 

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